segunda-feira, 3 de março de 2008

LAURO CORONA






Lauro Corona
*Rio de Janeiro, 06 de julho de 1957 + 20 de julho de 1989.
Garoto da
classe média carioca, começou a trabalhar aos 16 anos como vendedor na butique de sua mãe. Um ano depois, partiu para a carreira de modelo e fez seus primeiros filmes publicitários. Fez propaganda para a Coca-Cola e o Bob's, e chamou a atenção do diretor Marcos de Sá.
Quando fazia a peça infantil
Simbad, o marujo, no Rio de Janeiro, foi descoberto pelos diretores e atores Ziembinsky e Paulo José, que o convidaram para participar do especial de televisão Ciranda, cirandinha.
A partir daí, participou de diversas
telenovelas e filmes, tendo se destacado inicialmente em Dancin' Days (1978), de Gilberto Braga, em que era par da personagem de Glória Pires; em Marina, Baila comigo, Elas por elas, Louco amor e Corpo a corpo.
Estreou no
cinema em O sonho não acabou, em 1982, e dois anos depois fez Bete balanço, como par romântico da personagem de Débora Bloch.
Também alcançou algum sucesso como
cantor e apresentador do programa Globo de Ouro, nos anos 80. Algumas de suas músicas são Não vivo sem meu rock, O Céu por um beijo e Tem que provar.
Sua última telenovela foi Vida Nova, de
1988, no papel de um imigrante português que namorava uma judia brasileira, interpretada por Deborah Evelyn.
Foi uma das primeiras personalidades brasileiras a morrer de complicações decorrentes do vírus da
AIDS. Seu personagem na telenovela Vida Nova teve um final apressado, com uma viagem para Israel, por causa da doença do ator. A última cena mostrava um carro preto partindo numa noite chuvosa, ao som de um poema de Fernando Pessoa, declamado em off pelo próprio ator. O atestado de óbito do ator Lauro Corona apontou como causas de sua morte, no dia 20 de julho de 1989, complicações como infecção respiratória, septicemia, infecção oportunista, miocardite, insuficiência renal aguda e hemorragia digestiva alta. Em nenhum momento foi citada a palavra AIDS, o que reforçou um comportamento adotado pelo jovem galã de novelas da Globo e seus familiares em seus últimos meses de vida: o de negar veementemente a doença. Lauro Corona não comentava com os amigos que era portador do vírus e nem aceitava sua condição - tratava os sintomas das doenças oportunistas com homeopatia.
Os boatos de que estaria com AIDS surgiram em janeiro de 1989, quando o ator pediu afastamento da novela Vida Nova, na qual era protagonista, alegando estafa. Voltou dois meses depois, muitos quilos mais magro e com uma visível queda de cabelo. Logo em seguida mudou-se para a casa dos pais, isolando-se até mesmo dos amigos. Quando seu estado de saúde piorou, foi internado, mas os pais proibiram o hospital de dar qualquer informação à imprensa sobre o estado de saúde do filho.
Lauro Corona morreu com 32 anos, depois de nove dias internado. Foi enterrado no
Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Atuação na TV
1988 -
Vida Nova .... Manuel Victor
1987 -
Direito de Amar .... Adriano de Montserrat
1986 -
Memórias de um Gigolô .... Mariano
1984 -
Corpo a Corpo .... Rafael Motta
1984 -
Vereda Tropical .... Victor
1983 -
Louco Amor .... Felipe Dumont
1982 -
Elas por Elas .... Gil
1981 -
Baila Comigo .... Caê Maia
1980 -
Marina .... Marcelo
1979 -
Os Gigantes .... Polaco
1978 -
Dancin' Days .... Beto
Atuação no Cinema
1984 -
Bete Balanço
1982 -
O Sonho Não Acabou