quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CHICO ANYSIO

CHICO ANYSIO, O GRANDE MESTRE!




É grave o estado de saúde de nosso querido Chico Anysio, internado desde o ultimo dia 22 no Hospital Samaritano para tratar uma hemorragia digestiva, ontem seu estado de saúde se agravou devido a uma pneumonia, Chico segue internado em estado grave no Centro de Terapia Intensiva.

Chico é uma lenda no mundo das artes, segue um pequeno resumo de sua vida e obra.


Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido como Chico Anysio (Maranguape, 12 de abril de 1931), é um humorista, ator, dublador, escritor, compositor e pintor brasileiro, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, com a qual possui contrato até 2012.

Chico Anysio trabalhou ao lado, ou mesmo dirigindo, os maiores nomes do humor brasileiro no rádio ou na televisão, como: Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha, Walter D'Avila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, José Vasconcelos, entre muitos outros humoristas.

Biografia

Chico Anysio mudou-se com sua família para o Rio de Janeiroquando tinha oito anos de idade. Decidiu tentar fazer um teste para locutor de rádio quando a sua irmã também faria. Saiu-se excepcionalmente bem no teste, ficando em segundo lugar, somente atrás de outro jovem iniciante, Sílvio Santos. Na rádio na qual trabalhava, a Rádio Guanabara, exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Na década de 1950, trabalhou nas rádios "Mayrink Veiga", "Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 1950, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.

Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959, estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções.

Chico Anysio foi um dos responsáveis pela intermediação referente ao exílio de Caetano Veloso em Londres. Quando completou dois anos de exílio, Chico enviou uma carta para Veloso, para que este retornasse ao Brasil. Caetano e Gilberto Gil haviam sido presos em São Paulo, duas semanas depois da decretação do AI-5, o ato que dava poderes absolutos ao regime militar. Trazidos ao Rio de carro, os dois passaram por três quartéis, até viajarem para Salvador, onde passaram seis meses sob regime de prisão domiciliar. Em seguida, em meados de 1969, receberam autorização para sair do Brasil, com destino a Londres, onde só retornariam no início de 1972.

Canções

Foi tema de abertura do seu programa Chico Anysio Show, na TV Excelsior, TV Rio e TV Globo, e nos espetáculos teatrais, como o do Ginástico Portugues, no Rio, em 1974, acompanhado sempre do violonista brasileiro Manuel da Conceição, o "mão de vaca".

  • Rancho da Praça XI .... de: Chico Anysio e João Roberto Kelli .... gravação: Dalva de Oliveira

A música fez grande sucesso no carnaval do IV Centenário Do Rio de Janeiro, em fevereiro de 1965.

  • Vários sucessos com seu parceiro Arnaud Rodrigues, gravados em discos e usados no quadro "Baiano e os Novos Caetanos", em Chico City.

Desde 1968, encontra-se ligado à Rede Globo, onde conseguiu o status de estrela num "cast" que contava com os artistas mais famosos do Brasil; e graças também a relação de mútua admiração e respeito que estabeleceu com o executivo Boni. Após a saída de Boni da Globo nos anos 1990, Chico perdeu paulatinamente espaço na programação, situação agravada em 1996 por um acidente em que fraturou a mandíbula.

Em 2005, fez uma participação no Sítio do Pica-pau Amarelo, onde interpretava o "Dr. Saraiva" e, recentemente, participou da novela Sinhá Moça, na Rede Globo.

Família

É pai do ator Lug de Paula, do casamento com a atriz e comediante Nancy Wanderlei; do também comediante Nizo Neto e do diretor de imagem Rico Rondelli, da união com a atriz e vedete Rose Rondelli; de André Lucas, que é filho adotivo; do DJ Cícero Chaves, da relação com a ex-frenética Regina Chaves; e do ator/escritor Bruno Mazzeo, do casamento com a ex modelo e atriz Alcione Mazzeo.

Também teve mais dois filhos com a ex-ministra Zélia Cardozo de Melo, Rodrigo e Vitória. É irmão da falecida atriz Lupe Gigliotti, com quem contracenou em vários trabalhos na televisão; do cineasta Zelito Viana; e do industrial, compositor e ex-produtor de rádio Elano de Paula. Também é tio do ator Marcos Palmeira, da atriz e diretora Cininha de Paula e é tio-avô da atriz Maria Maya, filha de Cininha com o ator e diretor Wolf Maya.

É casado com a empresária Malga Di Paula.

Saúde

Em agosto de 2010, ele foi internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio de Janeiro, para a retirada de uma parte do intestino grosso, após apresentar um quadro de hemorragia digestiva. Depois da cirurgia ele foi diagnosticado com pneumonia, mesmo motivo que o levou a ser internado em 2009.

No dia 2 de dezembro de 2010, ele foi submetido a uma angioplastia, procedimento que desobstrui as artérias. Durante o período pós-operatório ele sofreu falta de ar, tendo sido diagnosticado um tamponamento cardíaco.

No dia 2 de fevereiro de 2011 já se souberam notícias de melhoras suas. Chico já consegue respirar sem ajuda mecânica.

No dia 5 de fevereiro de 2011 piora o estado de saúde do humorista, ele apresenta febre e volta a respirar com ajuda mecânica.

No dia 15 de março de 2011 vieram notícias melhores: Malga di Paula revelou em seu Twitter que Chico Anysio já não faz mais uso da cânula de traqueostomia, utilizada para não prejudicar as cordas vocais ao passar o tubo de ar. A boa notícia veio acompanhada das informações de que, nos últimos dias, Chico já canta, sorri, assiste futebol e recebe amigos, revezando entre essas atividades e sessões de fisioterapia.

No dia 21 de março, Chico Anysio, finalmente, após três meses de internação, recebe alta e já tem planos para o futuro. O humorista, agora, passará por sessões de recuperação da fala com uma fonoaudióloga.

Em 23 de abril de 2011, Chico Anysio retornou ao programa "Zorra Total" interpretando a personagem Salomé. No quadro, Salomé conversa de mulher para mulher com a presidenta Dilma Rousseff.

Carreira

Televisão

  • 1971/72 - Linguinha x Mr. Yes…Linguinha/Lingote

  • 1973/80 - Chico City .... vários personagens

  • 1982/90 - Chico Anysio Show .... vários personagens, Redação Final e Supervisão de Criação

  • 1984/93 - Os Trapalhões .... Convidado Especial de Reestreia da Temporada do Programa e Multiartista

  • 1989 - Que Rei Sou Eu? .... Taji Namas

  • 1990/02 - Escolinha do Professor Raimundo .... Professor Raimundo,Redação Final e Supervisão de Criação

  • 1990/91 - Os Trapalhões .... Supervisão de Criação

  • 1990/92 - Som Brasil .... Apresentação

  • 1991 - Estados Anysios de Chico City .... vários personagens, Redação e Supervisão de Criação

  • 1995 - Chico Total .... vários personagens, Redação e Supervisão de Criação

  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados .... vendedor de caixões

  • 1999/02 – Zorra Total .... Alberto Roberto/Professor Raimundo/Dr. Rosseti

  • 1999 – Terra Nostra .... Barão Josué Medeiros

  • 1999 – O Belo e as Feras .... vários personagens

  • 2002 – Brava Gente .... Detetive Brito/Cego

  • 2004 – A Diarista .... Rúbio

  • 2005 – Sítio do Pica Pau Amarelo .... Dr. Saraiva

  • 2006 – Sinhá Moça .... Everaldo

  • 2007 – Pé na Jaca .... Cigano

  • 2008 - Cilada .... Dep. Sandoval

  • 2008 – Guerra e Paz .... Padre Santo

  • 2009 – Caminho das Índias .... Namit Batra

  • 2009 – Chico e Amigos - .... vários personagens

  • 2009/10 – Zorra Total .... Alberto Roberto/Justo Veríssimo/Bento Carneiro

  • 2010 – Malhação ID .... Como ele mesmo

  • 2011- Chico e Amigos.... vários personagens

  • 2011- Zorra Total .... Salomé

Cinema

  • 1959 – Entrei de Gaiato

  • 1981 – O Mundo Mágico dos Trapalhões .... Narrador

  • 1996 - Tieta .... Zé Esteves

  • 2009 – Se Eu Fosse Você 2 .... Olavo

  • 2009 – Up – Altas Aventuras .... Carl Fredricksen (dublagem)

  • 2009 – Simonal – Ninguém Sabe do duro que Dei.... Entrevista

  • 2010 – Uma Professora Muito Maluquinha .... Monsenhor Aristides

Curiosidades

  • Em 1960, o programa Chico Anysio Show, produção de Carlos Nanga, passou a ser apresentado em videoteipe. Os comerciais do programa, que também eram "ao vivo", passaram a ser gravados.

  • Apaixonou-se pela demissionária ministra Zélia Cardozo de Melo quando ela fez uma aparição em seu programa humorístico.

  • No dia 15 de marçode 2007, foi lançado no Casarão Cultural Cosme Velho no Rio de Janeiro, o documentário "Chico Anysio", sobre os 60 anos de sua carreira.

  • Em homenagem aos 60 anos de carreira de Chico, Ziraldo reuniu vários cartunistas e criou um livro chamado "É Mentira, Chico?", reunindo caricaturas dos personagens do humorista, além de um DVD da Globo Marcas, com especiais dos programas do Chico, chamado Chico Especial!.

  • Em 2008, Chico Anysio recebeu uma homenagem de Rodrigo Scarpa e WellingtonMuniz, com seus respectivos personagens Vesgo e Silvio, do programa humorístico Pânico na TV. Eles cobravam sua volta aos humorísticos da Globo com a campanha "Volta Chico!". Vários artistas participaram da campanha e conseguiram sensibilizar os diretores da Globo, pois Chico fez uma aparição.

  • Em 2009, Chico foi tema da escola de samba Unidos Do Anil, do Rio de Janeiro, desfilando com o enredo "Chico Total! Sou Anil e Faço Carnaval".

  • É torcedor fanático do Vasco


Fonte de pesquisa: Central Globo e Wikipedia

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PEDOFILIA NA IGREJA

PEDOFILIA NA IGREJA

Os padres pedófilos ganharam seu castigo. O maior escândalo sexual a abalar a Igreja Católica no Brasil teve seu capítulo mais duro nesta segunda-feira (19). A Justiça alagoana condenou os três padres acusados de abuso sexual contra coroinhas na cidade de Arapiraca. O juiz João Luiz de Azevedo Lessa aplicou aos religiosos penas de 16 a 21 anos de prisão.
O monsenhor Luiz Marques Barbosa foi condenado a 21 anos de prisão; o monsenhor Raimundo Gomes e o padre Edilson Duarte vão amargar 16 anos e quatro meses de cadeia, cada um. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público alagoano, os religiosos prometeram vantagens econômicas às vítimas em troca de sexo.
Os três, no entanto, ganharam o benefício de recorrer da sentença em liberdade. A defesa vai recorrer da sentença ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Além da pena de prisão, o monsenhor Luiz Marques, de 83 anos, terá que pagar uma multa, correspondente a 30 salários mínimos.
Os padres eram réus no processo que apurou crimes de atentado violento ao pudor. Os delitos foram praticados contra os coroinhas Fabiano Silva Ferreira, Cícero Flávio Vieira Barbosa e Anderson Farias Silva.
Os três sacerdotes foram intimados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia. Em abril do ano passado, após prestar depoimento, o monsenhor Luiz Marques foi preso. Ele admitiu que mantinha relação sexual com ex-coroinhas.
O padre Edílson Duarte admitiu que manteve relações sexuais com dois ex-coroinhas, pagando-os com o dízimo dos fieis. A revelação deixou a opinião pública indignada e constrangeu o Vaticano. “Sim, tive relações sexuais com dois deles”, afirmou o sacerdote.
As denúncias de pedofilia praticada por religiosos em Alagoas vieram à tona depois que um programa de TV, em rede nacional, veiculou reportagem revelando o caso. Em um trecho da matéria, um vídeo mostrou o monsenhor Luiz Marques Barbosa, que tinha 82 anos na época, mantendo relações sexuais com um jovem de 19 anos.
A gravação foi realizada em janeiro de 2009 por outro jovem que também teria sofrido abusos, segundo as denúncias apresentadas pelo programa de TV. O jovem contou que desde os 12 anos, quando entrou para a Igreja Católica, era alvo do assédio sexual do monsenhor.
Sou favoravel a sacerdotes se casarem e manterem relações sexuais, mas sou extremamente contra a pedofilia, a criança tem de ser preservada não só pela família, mas por toda a sociedade.
Não defendo os padres, quero sim que paguem por seus crimes, mas não só eles, as famílias também são culpadas, não se pode confiar em ninguém, nem em padres, pastores, etc., as famílias numa falta de vergonha e responsabilidade colocam seus filhos sob a tutela da igreja galgando vantagens financeiras e ou para se redimir de seus próprios erros, deixando as crianças à merce de monstros como estes.
No Brasil, país tido como o mais católico do mundo, a Igreja Católica não foi atingida pelo tsunami de denuncias de pedofilia que abalou a tradicional hierarquia religiosa de países como Alemanha, Bélgica, Holanda e Irlanda.
Aqui, tem havido no noticiário da internet muito mais casos de pastores pedófilos ou suspeitos dessa prática do que os seus colegas padres, sem que a grande imprensa dê conta disso.
Três exemplos recentes. No dia 20 de junho, a Polícia Civil de Duque de Caxias (RJ) prendeu o pastor Juarez Ferreira da Silva, 52, que estava foragido por ter sido condenado a 12 anos de prisão por ter estuprado quatro meninas. No dia 1º de julho, o pastor Dionísio da Silva Mattos, 55, de um templo da Assembleia de Deus em Magé, na Baixada Fluminense, foi preso sob a suspeita de ter abusado de uma menina de 12 anos. Dias depois, a imprensa portuguesa informou que o pastor Celso Miranda, 43, da mesma denominação, fugiu para o Brasil porque teria violentado um menino de 13 anos.
A imprensa dá muito mais visibilidade aos casos de padres pedófilos, como se as vítimas deles fossem mais importantes. Os padres de Arapiraca (AL), por exemplo, têm sido contemplados pela cobertura dos grandes jornais, portais e TVs. A prisão do pastor protestante Edimário Gama de Freitas, 65, sob a acusação de abusar de filhos de fiéis, só foi noticiada pela imprensa regional, na Bahia.
Se não fosse o noticiário da internet, principalmente de sites de pequenas cidades, não se saberia da existência de tantos pastores evangélicos suspeitos de abusar de crianças. Geralmente, as vítimas são de famílias pobres e ingênuas. Acreditam, pelo menos inicialmente, que massagens de pastor podem expulsar o Satanás do corpo e em sessões de oração de “cura interior”.
Com base apenas nesse noticiário, não é possível dizer que existem proporcionalmente mais pastores pedófilos do que padres. Para isso, haveria a necessidade de um estudo aprofundado, que levasse em conta, por exemplo, a quantidade de pastores e de padres.
O evidente é que os líderes evangélicos, provavelmente por causa de grande pulverização das denominações, não têm manifestado preocupação com a pedofilia de seus sacerdotes, diferentemente do que ocorre em relação à Igreja Católica.
Ninguém da Assembleia de Deus, que é a maior denominação evangélica do Brasil, tocou no assunto até agora, embora, entre os suspeitos de pedofilia, muitos sejam seus sacerdotes. Lideranças nacionais, como o pastor Silas Malafaia, estão preocupadas mesmo em tolher os direitos de outros, como os homossexuais.
Talvez os evangélicos passem a enxergar os seus pedófilos, e não só os da Igreja Católica, quando a imprensa os descobrir.
Preso pelo assassinato de Lucas Vargas Terra, 14, o pastor Sílvio Roberto Santos Galiza, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), foi transferido da Penitenciária Lemos Brito para a Colônia Penal Lafayete Coutinho, em regime semi-aberto. Ambas na Bahia. As informações são da “A Tarde Online”.
O pastor Galiza foi condenado em 2004 por um júri popular a 23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Em 2005, a pena foi diminuída para 18 anos e em 2007, houve nova redução, para 15 anos.
No dia 21 de março de 2001, em Salvador, depois de abusar sexualmente de Lucas, Galiza colocou-o dentro de um caixote de madeira e pôs fogo. O menino foi queimado vivo.
O bispo Fernando Aparecido da Silva e o pastor Joel Miranda também foram acusados pelo assassinato.
Quem transferiu Galiza para uma prisão semi-aberta foi o juiz de Direito José Carlos Rodrigues do Nascimento. Ele tomou a decisão com base na legislação que prevê o benefício.
Foi uma vitória dos advogados do pastor, Sérgio Habib e Fabiano Pimentel. Não se sabe de quem eles recebem os honorários, se de familiares de Galiza ou se da Igreja Universal.
Lucas Terra frequentava a Iurd havia tempo. A Universal tinha muita influência sobre ele, que pretendia ser bispo.
Em seu diário, há frases como estas: “Não posso passar um dia sequer sem evangelizar, preciso ganhar almas para Jesus, pois, quando Ele voltar não posso estar de mãos vazias”, “Sou feliz porque tenho Jesus. Vivo para Cristo e morrer por ele é lucro”.
Não intereça qual a denominação religiosa, tem de haver punição, justiça, enquanto a Santa Sé e os grandes Presbíteros acobertarem seus pedófilos em nome do lucro, nada será feito, nossa imprensa apenas noticia casos evangélicos, mas há muitos católicos.
Não sou nem evangélico, nem católico, sou umbandista, mas antes de levantar uma falsa bandeira de moralidade religiosa, sou humano, e luto pela punição tanto dos pedofilos que se escondem atras de altares e cultos, elameando o bom nome de DEUS, e pela conscientização das famílias, não sou contra ter religião, é de suma importancia, mas chega de tanta papa-óstia e baba-ovos de bispos e pastores, sejam apenas fiéis, devotos, não precisa ser fanático, cultuem e reverenciem seus deuses, mas sem esquecer que quem está no altar e recebendo os lucros são homens comuns, como nós.

Ariano Elon
Academico de Serviço Social
www.arianoelon.blogspot.com
arianoelon@gmail.com

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

BRASIL DE LUTO



Morrem carnavalesco Joãosinho Trinta e ator Sérgio Britto

O Brasil está de luto, a cultura e a arte estão órfãos de dois de seus ícones mais expressivos, as noticias das mortes neste sábado do carnavalesco Joãosinho Trinta e do ator e diretor Sérgio Brito. O carnavalesco João Clemente Jorge Trinta, o Joãosinho Trinta, de 78 anos, morreu por volta das 11h em São Luís, no Maranhão. O Hospital UDI, de São Luis, ainda não confirmou a causa da morte do artista, um dos responsáveis pela modernização e pelo atual formato dos desfiles de Carnaval do Rio de Janeiro.

Também na manhã de sábado, morreu o ator e diretor Sérgio Britto, aos 88 anos. Ele estava internado desde novembro no Hospital Copa D’or, no Rio, com problemas cardiorrespiratórios.


Sérgio Britto recebeu dezenas de prêmios no teatro brasileiro e trabalhou em mais de cem peças. No Rio de Janeiro, fundou, nos anos 70, o Teatro dos Quatro, sala de espetáculo que funciona até hoje, foi diretor do Centro Cultural do Banco do Brasil e também atuou no cinema e na TV.

O corpo do ator e diretor Sérgio Britto foi velado na tarde deste sábado (17), no Saguão Getúlio Vargas, na Alerj, no Centro e enterrado às 11h deste domingo (18), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro (o G1 havia informado anteriormente que o enterro seria realizado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul, segundo nota divulgada pela Alerj; mais tarde, a sobrinha do ator, Marília Britto, corrigiu a informação e divulgou o local correto).

Ele estava internado no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, desde o dia 14 de novembro com problemas cardíacos e faleceu às 6h35 de insuficiência respiratória aguda. A informação foi confirmada pela assessoria da Rede D'Or.

Segundo a Globo News, Britto tinha 88 anos. Ele foi criador, diretor e ator do Grande Teatro Tupi, que foi ao ar por mais de 10 anos. Considerado um dos maiores atores do país, Sérgio Britto foi responsável pela direção de “Ilusões perdidas”, primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo. Apesar de seu pioneirismo na televisão, foi o teatro que o consagrou.

A presidente Dilma Rousseff prestou nesta tarde sua solidariedade a Joãosinho Trinta, que morreu neste sábado (17) em consequência de um choque séptico secundário à pneumonia e infecção urinária. Para Dilma, o Carnaval brasileiro "ficará mais triste" sem o carnavalesco, que foi um dos responsáveis pela transformação do desfile das escolas em espetáculo.

"O Carnaval do Brasil fica mais triste sem a alegria e o talento de Joãosinho Trinta. Artista plástico, por mais de 40 anos encantou a todos com a criatividade de suas produções, a inteligência de seus enredos e a ousadia de seus desfiles de escolas de samba no Rio de Janeiro", dizia um trecho da nota de pesar atribuída à presidente. Para Dilma Rousseff, Joãosinho Trinta "fez do Carnaval brasileiro uma das mais belas festas do mundo".

João Clemente Jorge Trinta, popularmente conhecido como Joãosinho Trinta, é considerado um dos maiores nomes do Carnaval carioca e sempre lembrado por sua ousadia e genialidade. Nascido em São Luís, no Maranhão, no dia 23 de novembro de 1933, Joãosinho demonstrava desde cedo o gosto pelas artes - tanto é que, aos 17 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar dança clássica no Teatro Municipal.

Durante 25 anos, o carnavalesco fez parte do Corpo de Baile do Teatro Municipal e encenou duas óperas, O Guarani, de Carlos Gomes, e Aída, de Giuseppe Verdi. Em 1961, ingressou na Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro como assistente e, dois anos depois, consagrou-se campeão ao lado da escola, que apresentou o enredo Chica da Silva, de Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues.

Com a saída de Pamplona e Rodrigues, tornou-se carnavalesco da escola. Em 1973, fez dupla com a artista plástica Maria Augusta no enredo Eneida: Amor e Fantasia, que alcançou o terceiro lugar. Já como carnavalesco-solo se tornou bicampeão pela escola em 1974, com O Rei de França na Ilha da Assombração, e em 1975, com O Segredo das Minas do Rei Salomão.

Em 1976, Joãosinho aceitou o convite para assumir a agremiação da Beija-Flor, levando a escola a conquistar o título de campeã, com o enredo Sonhar com Rei dá Leão, em referência ao jogo do bicho - a escola também viria a ganhar em 1977, 1978, 1980 e 1983. Além de seu trabalho como carnavalesco, Joãosinho criou e organizou diversos programas sociais de inclusão da população carente na época em que esteve na escola.

Em 1989, Joãosinho causou um verdadeiro reboliço na Sapucaí, chamando a atenção inclusive da Igreja Católica com o enredo Ratos e urubus, larguem minha fantasia. A escola era conhecida pelo luxo aplicado em seus desfiles e levou à avenida uma comissão de frente formada por mendigos, além de alas e alegorias esfarrapadas, causando grande perplexidade. No abre-alas, havia uma réplica do Cristo Redentor, que acabou escondida por sacos de lixo devido à proibição da Igreja. A cena é tida como um dos marcos do Carnaval carioca.

Após 17 anos na Beija-Flor, Joãosinho Trinta transferiu-se para a Escola de Samba Unidos do Viradouro, onde ganhou o título do Carnaval de 1997 com Trevas! Luz! A explosão do Universo. Em 1996, sofreu um derrame que paralisou um dos lados de seu corpo, mas, mesmo assim, continuou seu trabalho na escola. Em 2004, foi homenageado no Carnaval pela Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, que elegeu como tema sua vida e sua obra.

Em novembro do mesmo ano, Joãosinho sofreu um novo derrame e, no ano seguinte, decidiu afastar-se da Sapucaí, atuando apenas como uma espécie de consultor durante as preparações para o Carnaval. A partir de 2006, passou a se locomover com cadeira de rodas e, desde então, vinha passando por graves problemas de saúde - até sua última internação, em maio deste ano, com quadro de pneumonia e insuficiência cardíaca. O corpo do carnavalesco Joãosinho Trinta será enterrado na manhã desta segunda-feira, no Cemitério do Gavião, no bairro da Madre Deus em São Luiz. O sepultamento está previsto para as 10h30. O carnavalesco morreu aos 78 anos e, durante todo o domingo, seu corpo foi velado no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, na Rua do Sol.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

VISITA AO PARQUE DE NATAL TAKESHI MAEDA









Ontem tive a oportunidade de conhecer e prestigiar o mais novo ponto turístico de nossa cidade, o Parque de Natal Takeshi Maeda, alias linda homenagem ao grande ser humano que foi o seu Maeda, anexo à Secretaria de Industria, Comercio e Turismo.
O secretário Isidro Constantino Guedes está realmente de parabéms pela brilhante iniciativa, o parque é uma graça e o atendimento de primeira, apesar de ter um espaço físico pequeno, está em local estratégico e as edificações de extremo bom gosto.
Não é um local só para crianças, é um lugar para a família, a caminho do parque encontrei uma certa pessoa de nossa cidade que criticou o parque e até tentou dissuadir-me de visita-lo, como tenho minhas próprias convicções e não me deixo levar pelas más linguas respondi que iria da mesma forma, " sou castrense, se não prestigiar o que é de nossa cidade, quem vai prestigiar? E se algo não me agradar vou tentar apresentar ao secretário minha opinião e como corrigir." Mas o que vi foi algo que me encantou e NADA tenho a dizer ao contrário,a não ser PARABÉMS GUEDES E EQUIPE.

domingo, 11 de dezembro de 2011

VANDALISMO

Estou chocado com as cenas que presenciei na tarde de sexta dia 09/12, os alunos do Colégio Cavanis, uma das melhores instituições de ensino de nossa cidade, não comemoravam o final do ano letivo, mas sim cometiam atos de verdadeira selvageria e vandalismo pelas ruas e praças da cidade.
Por volta das 17h um grupo de "estudantes" promoveram uma verdadeira guerra de ovos, farinha de trigo, tinta e algo que parecia ser vinagre em plena Praça Srª Santana, a guerra durou aproximadamente 40 minutos, deixando a praça, predios históricos como Casa de Sinhara e Casa da Praça com as paredes imundas, além dos diversos carros que se encontravam estacionados ao redor da praça.
Nada contra se comemorar o final do ano letivo, mas comemorar de forma civilizada, não com selvageria e principalmente vandalismo, hoje, 11/12 pela manhã uma das funcionarias da Casa de Sinhara, ainda tentava limpar as paredes do prédio histórico que um acefalo que se passa por aluno rabiscou, a comemoração devia ser porque ele ja tem mais de 12 anos e aprendeu o alfabeto.
Não sou contra os trotes, mas tudo tem que ter limite, espero que um dia estes supostos alunos tenham o mínimo de educação e respeito pelo patrimonio público, porque por enquanto, são nada menos que a vergonha de nosso sistema educacional e que não merecem estar numa instituição tão boa quanto o Cavanis.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

VISITA A CURITIBA E AO INCRÍVEL TITANIC


O encantador Palácio Avenidas

Prestigiando os artistas de rua

Em uma pausa na praça Osório

Pausa para a fotografia na Boca Maldita


Passeio pela Rua XV

Encontro inusitado com o humorista e cantor Falcão.



Passeio pela Rua XV
Os alunos de várias instituições vinculadas à Secretaria Municipal de Assistencia Social, da Criança e do Adolescente estiveram em Curitiba visitando a EXPOSIÇÃO TITANIC.
Além de um dia de passeios pelo centro histórico e comercial os alunos acompanhados por educadores visitaram a exposição que se encontra no Centro Cultural Parque Barigui.
A visita só foi possível graças à parceria fechada com a secretaria da criança e um empresário que se reserva no direito de não se identificar.
Ao promover a parceria e acompanhar o grupo me surpreendi com a receptividade e atenção de todos.
A grande maioria dos alunos só conhecia a história do Titanic pel filme holiwoodiano e muitos nem sabiam que este era baseado em fatos reais, além de promover a cultura e o conhecimento nosso objetivo era fornecer um dia de lazer e entretenimento.
O grupo de adolescentes fazem parte do programa PRÓJOVEM ADOLESCENTE, um dos programas de maior importancia em nosso municipio.
Nestes tempos pré eleitorais, tomamos o cuidado de não envolver siglas partidárias, o objetivo da visita a Curitiba foi superado, isso graças a boa vontade e dinamismo da secretária Maria Tereza Menarim.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TITANIC

TITANIC

O RMS Titanic foi um navio transatlântico da Classe Olympic operado pela White Star Line e construído nos estaleiros da Harland and Wolff em Belfast, na Irlanda do Norte. Na noite de 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de abril de 1912. Até o seu lançamento em 1912, ele foi o maior navio de passageiros do mundo.

Com 2.240 pessoas a bordo,[2] o naufrágio resultou na morte de 1.523 pessoas, hierarquizando-o como uma das piores catástrofes marítimas de todos os tempos. O Titanic provinha de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi popularmente referenciado como "inafundável" - na verdade, um folheto publicitário de 1910, da White Star Line, sobre o Titanic, alegava que ele fora "concebido para ser inafundável". Foi um grande choque para muitos o fato de que, apesar da tecnologia avançada e experiente tripulação, o Titanic não só tenha afundado como causado grande perda de vidas humanas. O frenesi dos meios de comunicação social sobre as vítimas famosas do Titanic, as lendas sobre o que aconteceu a bordo do navio, as mudanças resultantes no direito marítimo, bem como a descoberta do local do naufrágio em 1985 por uma equipe liderada pelo Dr. Robert Ballard fizeram a história do Titanic persistir famosa desde então.

Construção

O Titanic foi construído nos estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast, Irlanda, destinado a competir com os navios Lusitânia e Mauritânia da empresa rival Cunard Line. O Titanic, juntamente com os seus irmãos da classe Olympic, o Olympic e o ainda em construção Britannic (originalmente chamado de Gigantic), se destinavam a ser os maiores e mais luxuosos navios a operar. Os projetistas foram Lorde William Pirrie,[3] diretor de tanto a Harland and Wolff como da White Star, o arquiteto naval Thomas Andrews, gerente de construção e chefe do departamento de design da Harland and Wolff,[4] e Alexander Carlisle, o projetista chefe e gerente geral do estaleiro.[5] As responsabilidades de Carlisle incluiam as decorações, os equipamentos e arranjos gerais, incluindo a implementação de um sistema eficiente de turcos para os botes. Carlisle iria deixar o projeto em 1910, antes dos navios serem lançados, quando ele se tornou um acionista na Welin Davit & Engineering Company Ltd, a companhia que produzia os turcos.[6]

Comparação de tamanho entre o Titanic, um Airbus A380, um ônibus, um carro e uma pessoa.

A construção do RMS Titanic, financiada pelo americano J. P. Morgan e sua companhia International Mercantile Marine Co., começou em 31 de março de 1909. O casco do Titanic foi lançado ao mar no dia 31 de maio de 1911, e sua equipagem foi concluída em 31 de março do ano seguinte. Seu comprimento total era de 296,10 m, sua largura era de 28 m, com tonelagem bruta de 46.328 T e altura, da linha d'água até o deque de botes, de 18 metros. O Titanic estava equipado com dois motores de quatro cilindros de expansão tripla, invertido com motores a vapor e uma turbina de baixa pressão Parsons de três hélices. Havia 29 caldeiras alimentadas por 159 fornos de carvão a combustão que tornaram possível a velocidade máxima de 23 nós (43 km/h). Apenas três das quatro chaminés de 19 metros de altura eram funcionais; a quarta chaminé servia apenas para ventilação; foi adicionada para dar ao navio uma aparência mais impressionante. O navio podia transportar um total de 3.547 pessoas, entre passageiros e tripulação.

Recursos

A academia de ginástica do Titanic.

A Grande Escadaria da Primeira Classe a bordo do Olympic, idêntica a do Titanic.

O Titanic superou todos os seus rivais em termos de luxo e a opulência. A seção da Primeira-classe tinha uma piscina, um ginásio, uma quadra de squash, banhos turcos, banhos elétricos e o Café Verandah. As salas comuns da Primeira-classe foram adornadas com painéis de madeira esculpidos, móveis caros e outras decorações. Além disso, o Café Parisien oferecia culinária aos passageiros da primeira-classe, com uma varanda iluminada pelo Sol.[7] Havia bibliotecas e cabeleireiros tanto na primeira como na segunda classe.[8] A sala geral da terceira-classe tinha painéis de pinheiro e móveis robustos. O Titanic incorporou recursos tecnológicos avançados para a época. Ele tinha três elevadores elétricos, dois na Primeira-classe e um na Segunda-classe. Ele também tinha um subsistema elétrico alimentado por geradores a base de vapor, uma fiação elétrica que cobria todo o navio e dois rádios Marconi, incluindo um de 1.500 W manejado por dois operadores que trabalhavam em turnos, permitindo contato constante e a transmissão de muitas mensagens dos passageiros.

Botes

Para sua viagem inaugural, o Titanic carregava um total de 20 botes salva-vidas de três tipos diferentes:

  • Botes 1 e 2: cúteres de madeira de emergência: capacidade para 40 pessoas.[11]
  • Botes 3 a 16: botes de madeira: capacidade para 65 pessoas[11]
  • Botes A, B, C e D: botes "desmontáveis" Englehardt: capacidade para 47 pessoas.

Os botes salva-vidas eram predominantemente guardados em calços no convés dos botes, conectados aos turcos. Todos os botes, incluindo os desmontáveis, foram colocados no navio por um enorme guindaste em Belfast. Aqueles no lado estibordo tinham os números ímpares, 1–15, da proa a popa, enquanto aqueles do lado bombordo tinham os números pares, 2–16, da proa a popa. Os cúteres de emergência (botes 1 e 2) ficavam balançando do lado de fora do navio, prontos para uso imediato, enquanto os botes desmontáveis C e D ficavam no convés dos botes, ao lado dos botes 1 e 2, respectivamente. Os botes desmontáveis A e B ficavam guardados no telhado dos alojamentos dos oficiais, em ambos os lados da chaminé 1. Entretanto, não havia turcos montados nos alojamentos dos oficiais para abaixar os botes, e eles eram pesados mesmo vazios. Durante o naufrágio, abaixar os desmontáveis A e B foi difícil já que primeiro era necessário deslizá-los por sobre vigas e/ou remos até o convés dos botes. Durante esse procedimento, o desmontável B emborcou e subsequentemente ficou flutuando de cabeça para baixo.[11]

Na fase de projeto, Carlisle sugeriu que o Titanic usasse um novo, e maior, tipo de turco, fabricado pela Welin Davit & Engineering Co Ltd, com cada um podendo segurar quatro botes. 16 conjuntos desses turcos foram instalados, dando ao Titanic a capacidade de carregar 64 botes de madeira[12]—uma capacidade total de mais de 4.000 pessoas, comparada a capacidade total do Titanic de por volta de 3.600 pasageiros e tripulação. Entretanto, a White Star Line decidiu que apenas 16 botes salva-vidas (16 sendo o mínimo requerido pela Board of Trade, baseado na tonelagem do Titanic) seriam carregados (também havia quatro botes dobráveis, chamados de desmontáveis), que poderiam acomodar apenas 1.178 pessoas (33% de capacidade total do Titanic). Na época, as regulações da Board of Trade diziam que os navios britânicos com mais de 10 000 toneladas deveriam carregar 16 botes com uma capacidade de 160 metros cúbicos, mais uma capacidade para 75% daquelas dos botes em jangadas e flutuadores (ou 50% caso o navio possuísse anteparas estanques). Dessa forma, a White Star Line providenciou mais acomodações em botes do que era legalmente necessário.

Os regulamentos não haviam sido alterados para navios maiores desde 1894, quando o maior navio de passageiros sob consideração era o Lucania, da Cunard, com 13.000 T. Sir Alfred Chalmers, conselheiro náutico da Board of Trade de 1896 até 1911, tinha considerado o assunto "de tempos em tempos", porém, por achar que marinheiros experientes teriam de ser levados "desnecessariamente" a bordo dos navios por nenhum outro motivo além de manejar e abaixar os botes, ele não considerou necessário aumentar a escala.

Carlisle disse ao inquérito oficial que ele havia discutido o assunto com J. Bruce Ismay, o diretor da White Star, porém Ismay disse que ele nunca ouviu nada do tipo, nem de notar de tal disposição nas plantas que ele havia inspecionado.[6][14] Dez dias antes da viagem inaugural, Axel Welin, fabricante dos turcos do Titanic, anunciou que seus equipamentos haviam sido instalados porque os donos do navio sabiam das futuras mudanças nos regulamentos, porém Harold Sanderson, vice-presidente da Marinha Mercante Internacional e antigo gerente geral da White Star Line, negou que essa havia sido a intenção.

Bombas

O Titanic foi equipado com cinco bombas de lastro, usadas para equilibrar o navio, e três de esgoto.[16] Dois canos principais de lastro, de 250 mm, corriam por toda a extensão do navio e válvulas controlando a distribuição de água eram operadas do convés das anteparas.[17] A capacidade total de bombeamento de todas as oito bombas era de 425.000 galões por hora.[16] Durante o desastre, os engenheiros reportaram que as bombas conseguiram retardar a inundação da sala da caldeira n° 6 nos primeiros dez minutos após a colisão. As bombas também mantiveram o ritmo da inundação da sala da caldeira n° 5. Isso não indica que o navio poderia manter sua flutuabilidade indefinitivamente, porém, enquanto as bombas tivessem vapor para alimentá-las, o navio poderia retardar a inundação. O Titanic não poderia naufragar até essas seções estarem completamente inundadas, anulando o efeito das bombas. Isso não ocorreu até as 23:50 da noite do naufrágio.

Comparações com o Olympic

O Titanic e o Olympic em construção.

O Titanic era muito semelhante ao seu irmão mais velho Olympic. Embora possuísse maior espaço interno, e, por consequência fosse mais pesado, o casco era exatamente do mesmo comprimento que o do Olympic. Mas havia algumas diferenças. Duas das mais notáveis eram que mais da metade da parte da frente do deque A de passeio do Titanic fora substituída por janelas basculantes e a configuração das janelas do deque B diferia das do Olympic. O Titanic tinha um restaurante especial chamado Café Parisien, uma característica que o Olympic não tivera até 1913. Alguns dos defeitos encontrados no Olympic, tais como o rangido na inversão para a marcha ré, foram corrigidos no Titanic. As luzes e a iluminação natural do deque A eram arredondadas; enquanto que no Olympic elas eram ovais. A Ponte de comando do Titanic era maior e mais longa que a do Olympic.[18] Essas, e outras modificações, fizeram do Titanic 1.004 toneladas brutas maior que o Olympic e assim, o maior navio em atividade em todo o mundo durante sua viagem inaugural em Abril de 1912.

História do navio

Testes marítimos

Os testes marítmos do Titanic ocorreram pouco tempo depois dele ter sido equipado nos estaleiros da Harland & Wolff. Os testes estavam agendados para começar às 10:00 de segunda-feira, 1 de abril, nove dias antes de partir de Southampton para sua viagem inaugural. Porém, as más condições do tempo adiaram os testes para o dia seguinte.[19]

A bordo do Titanic estavam 78 foguistas, graxeiros, bombeiros e 41 membros da tripulação. Ninguém da equipe doméstica parecia estar a bordo. Representantes de várias companhias viajaram no Titanic durante os testes, incluindo Harold Sanderson, Thomas Andrews e Edward Wilding, da Harland & Wolff. Bruce Ismay e Lorde Pirrie estavam muito doentes para comparecer. Jack Phillips e Harold Bride serviram como operadores de rádio e ajustaram o equipamento Marconi. O Sr. Carruthers, um inspetor da Board of Trade, também estava presente para ver se tudo estava funcionando, e se o navio estava apto a receber passageiros. Depois dos testes, ele assinou um "Acordo e Contas de Viagens e Tripulação", válido por 12 meses, declarando que o navio estava apto para viajar.[20]

Viagem inaugural

Titanic deixando o porto Southampton, Inglaterra, com destino à cidade de Nova Iorque.

O navio iniciou a sua viagem inaugural de Southampton, na Inglaterra, com destino à cidade de Nova York, nos Estados Unidos, na quarta-feira, 10 de Abril de 1912, com o Capitão Edward J. Smith no comando.[1] Assim que o Titanic deixou o cais, sua esteira provocou a aproximação do SS New York, que estava ancorado nas proximidades, rompendo as suas amarras e quase se chocando com o navio, antes que rebocadores levassem o New York para longe. O incidente atrasou a partida em meia hora.[21] Depois de atravessar o Canal da Mancha, o Titanic parou em Cherbourg, França, para receber mais passageiros e parou novamente no dia seguinte em Queenstown (hoje conhecida como Cobh), na Irlanda.[1] Já que as instalações do porto em Queenstown eram inadequadas para um navio de seu tamanho, o Titanic teve de ancorar ao largo (fora do porto), com pequenos botes levando os passageiros e bagagens até ele. Quando finalmente partiu para Nova Iorque, havia 2.240 pessoas a bordo.[22]

John Coffey, um foguista de 23 anos, saltou para fora do navio em Queenstown, escondendo-se em um dos botes no meio das sacolas de cartas que estavam destinadas ao continente. Nativo da cidade, ele provavelmente se juntou ao navio com essa intenção, porém mais tarde ele afirmou que o motivo dele ter saído do Titanic era um mau presságio que havia tido. Mais tarde, Coffey se juntou à tripulação do Mauretania.

Capitão Edward J. Smith, oficial comandante do Titanic.

Na viagem inaugural do Titanic, algumas das mais importantes pessoas da época estavam viajando na Primeira-classe. Entre elas estavam o milionário John Jacob Astor IV e sua esposa Madeleine Force Astor, industrialista Benjamin Guggenheim, o dono da Macy's Isidor Strauss e sua esposa Ida, a milionária Margaret "Molly" Brown (conhecida mais tarde como "Inafundável Molly Brown" devido a seus esforços para ajudar outros passageiros durante o naufrágio), Sir Cosmo Duff-Gordon e sua esposa Lucy, Lady Duff-Gordon, George Dunton Widener com sua esposa Eleanor e seu filho Harry, jogador de criquete e empresário John Borland Thayer com sua esposa Marian e seu filho de 17 anos Jack, jornalista William Thomas Stead, a Condessa Noël Leslie, o assessor presidencial Archibald Butt, escritora Helen Churchill Candee, escritor Jacques Futrelle e sua esposa May, produtores Henry e Rene Harris, a atriz Dorothy Gibson, entre outros.[23] O banqueiro J. P. Morgan estava agendado para viajar na viagem inaugural, porém cancelou no último minuto. Viajando na primeira classe a bordo do navio estavam o diretor da White Star Line, J. Bruce Ismay, e o construtor do navio, Thomas Andrews, que estava a bordo para observar qualquer problema e avaliar a performance geral do navio.[23]

Naufrágio

Rota e localização do RMS Titanic.

Ao anoitecer de domingo, 14 de abril, a temperatura tinha caído para quase congelamento e o oceano estava calmo. A Lua não era visível (estando dois dias antes da Lua Nova), e o céu estava limpo. O Capitão Smith, em resposta aos avisos de icebergs recebidos pelo rádio nos dias anteriores, traçou um novo curso que levava o navio um pouco mais o sul. Às 13:45 daquele dia, uma mensagem do Amerika avisou que grandes icebergs estavam no caminho do Titanic, porém, já que Jack Phillips e Harold Bride, os operadores do dispositivo Marconi de rádio, eram empregados da Marconi e pagos para retransmitir mensagens de e para os passageiros, eles não estavam focados em retransmitir para a ponte mensagens "não essenciais" sobre gelo. Mais tarde naquela noite, outro aviso de um grande número de icebergs, desta vez do Mesaba, também não chegou à ponte.

Às 23h40, enquanto navegavam a 640 km dos Grandes Bancos da Terra Nova, os vigias do mastro, Frederick Fleet e Reginald Lee, avistaram um iceberg bem em frente do navio. Fleet imediatamente tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu o comunicador para falar com a Ponte. Preciosos segundos se perderam até que o comunicador foi atendido pelo Sexto Oficial Paul Moody onde Fleet gritou "Iceberg bem em frente". O Primeiro Oficial William Murdoch deu ao timoneiro Robert Hitchens a ordem de "tudo a estibordo", e ajustou as máquinas para ré ou para parar, o testemunho dos sobreviventes é conflituoso.[24][25] A proa do navio começou a deslocar-se do obstáculo e, 47 segundos após o avistamento do iceberg, houve o choque. O iceberg "arranhou" o lado estibordo (direito) do navio, deformando e cortando o casco, e soltando os rebites abaixo da linha d'água por uma extensão de 90 m. Enquanto a água entrava nos compartimentos dianteiros, Murdoch acionou o fechamento das portas à prova d'água. O navio conseguiria ficar flutuando com quatro compartimentos inundados, mas os cinco primeiros compartimentos foram rasgados e estavam fazendo água. Os compartimentos inundados faziam a proa do navio ficar mais pesada, causando a entrada de mais água. Vinte minutos após a colisão, a proa já começava a inclinar. Além disso, por volta de 130 minutos após a colisão, a água começou a passar do sexto para o sétimo compartimento sobre a antepara que as dividia. O Capitão Smith, alertado pelo solavanco do impacto, chegou à ponte e ordenou parada total. Pouco depois da meia-noite de 15 de abril, após uma inspeção feita por oficiais do navio e por Thomas Andrews, foi ordenado que os botes fossem preparados para lançamento e que sinais de socorro começassem a ser enviados.

Fotografia de um iceberg na vizinhança do local do naufrágio do Titanic, tirada em 15 de abril de 1912 pelo camareiro chefe do Prinz Adalbert que disse que o iceberg possuia tinta vermelha igual àquela encontrada no casco do Titanic.

Os operadores de rádio Harold Bride e Jack Phillips estavam ocupados enviando sinais de socorro CQD, e mais tarde SOS. Vários navios responderam ao chamado, incluindo o navio irmão do Titanic, o Olympic, porém nenhum estava perto o bastante para chegar a tempo.[26] O navio mais perto a responder o chamado foi o Carpathia, a 93 km de distância, que poderia chegar em quatro horas — tarde demais para resgatar todos os passageiros do Titanic. O único local em terra que recebeu o pedido de socorro do Titanic foi a estação de Cabo Race, em Terra Nova.[27]

Da ponte, as luzes de um outro navio podiam ser vistas no lado bombordo. A identidade desse navio permanece um mistério até hoje, porém há teorias sugerindo que o navio em questão era o SS Californian.[28] Já que o navio não estava respondendo aos chamados do rádio, o Quarto Oficial Joseph Boxhall e o Contramestre Rowe tentaram sinalizar com um lâmpada Morse e mais tarde com fogos de artifício, porém o navio nunca respondeu.[29] O Californian, que estava por perto e havia parado pela noite por causa do gelo, também viu luzes à distância. O rádio do Californian havia sido desligado e o operador havia ido dormir. Pouco antes de ir dormir às 23:00, o operador do rádio do Californian tentou avisar o Titanic de que havia gelo à frente, porém ele foi interrompido por um exausto Phillips, que respondeu dizendo: "Cale a boca, cale a boca, estou ocupado; estou trabalhando Cabo Race", referindo-se a estação de rádio na Terra Nova.[30] Quando os oficiais do Californian avistaram o navio, eles tentaram sinalizar com uma lâmpada Morse, porém pareceu que não foram respondidos. Mais tarde, eles notaram os sinais de socorro do Titanic sobre as luzes e informaram o Capitão Stanley Lord. Apesar de ter havido muita discussão sobre o navio misterioso, que para os oficiais em serviço parecia estar se movendo para longe, ninguém do Californian acordou o operador de rádio até de manhã.[29]

Botes lançados

Ilustração do afundamento do Titanic por Willy Stöwer

Às 0h05, o Comandante Smith reuniu os oficiais e informou-os do ocorrido. Solicitou que os passageiros fossem acordados e que se dirigissem ao convés onde se encontravam os botes salva-vidas para serem evacuados. Sabiam que o número de botes era suficiente para apenas pouco mais da metade das pessoas a bordo e por isso pediu para não haver pânico. Os empregados começaram a passar de cabine em cabine na primeira e segunda classes, acordando os passageiros, solicitando para colocarem os coletes salva-vidas e se dirigissem ao convés dos botes imediatamente. Enquanto isso, os passageiros da terceira classe permaneciam reunidos e trancados no grande salão da terceira classe junto à popa (parte de trás do navio). Muitos passageiros revoltaram-se, e alguns aventuraram-se pelos labirintos de corredores no interior do navio para tentar encontrar outra saída. Alguns conseguiram escapar com vida, mas muitos deles acabaram sepultados dentro do Titanic. A evacuação havia sido feita de acordo com as classes sociais a que os passageiros pertenciam, valor até então aceitável.

Às 0h31, os botes começam a ser preenchidos com "mulheres e crianças primeiro". Os primeiros botes foram lançados sem alcançar a lotação máxima. Lightoller segue com rigor as ordens de embarcar somente mulheres e crianças. Entretanto, a estibordo do navio o Primeiro Oficial Murdock permitia a entrada de homens solteiros e casais nos botes, após a entrada de mulheres e crianças, e fazia os botes descer completamente cheios, mesmo com homens, e, por isso, muitos homens que se salvaram devem a sua vida a esse oficial. Alguns sobreviventes relataram que a sensação ao caminhar no convés de botes era como a de estar descendo um monte.

Como o navio mais próximo não respondia nem aos sinais do telégrafo nem aos sinais da lanterna, às 0h45 o Capitão Smith manda disparar os foguetes de sinalização. É arriado o primeiro bote salva-vidas nº 7, com apenas 27 pessoas. A fim de evitar o pânico, o capitão solicitou que a orquestra de bordo viesse tocar junto ao convés dos botes para acalmar os passageiros. A tradição diz que a banda foi para o fundo a tocar "Nearer My God to Thee". Segundo o testemunho do segundo operador de rádio, estava a tocar "Autumn", um hino episcopal.

Enquanto isso, Thomas Andrews tentava ajudar do jeito que podia, ensinando os passageiros a porem os coletes salva-vidas, mesmo sabendo que seu esforço não salvaria muitas vidas.

Às 1h25, a inclinação do convés fica maior. Ordens são dadas para que os botes desçam mais cheios. Thomas Andrews, o engenheiro-chefe, ajuda na decida dos botes fazendo com que eles sejam devidamente cheios. A água já atinge o nome do Titanic pintado na proa. O navio começa a se inclinar para bombordo. Andrews é visto pela última vez na sala para fumantes da primeira classe.

Enquanto que nos primeiros botes tinha que se implorar para que as pessoas entrassem, fazendo muitos deles descer praticamente vazios, nos últimos o tumulto era bem visível. Relatam-se tiros para conter os mais afoitos. Faltando pouco mais de dois botes para deixar o navio, os passageiros da terceira classe são liberados. Restavam apenas esses dois botes e os dois desmontáveis que ficavam junto à base da primeira chaminé. Devido a confusão, Lightoller sacode sua pistola no ar e provavelmente atira para manter o controle durante a decida do desmontável ´´D``. A água gélida já invadia os conveses quando os botes desmontáveis conseguiram ser lançados.

Minutos finais

Às 2h05, é arriado o último bote salva-vidas, o desmontável "D", com 44 pessoas. Às 2h10, é enviado o último sinal pelos telegrafistas. O Capitão Smith ordena "cada um por si" e não é mais visto por ninguém. Já com a proa mergulhada no mar e a água a atingir o convés de botes, o pânico é geral. Heroicamente, os operários da sala de eletricidade resistem até ao final para manter as luzes enquanto podem. Às 2h18, as luzes do navio piscam uma vez e depois apagam-se para sempre.

Na primeira chaminé, os cabos de sustentação, não aguentando mais a pressão sobre eles, rebentam, e a chaminé tomba na água, esmagando dezenas de pessoas nos convés e na água, inclusive, John Jacob Astor IV, homem mais rico no navio. O mesmo acontece com a segunda chaminé. A inclinação do navio chega aos 35° e a água gélida avança rapidamente, arrasando tudo o que há pela frente. Muitos são sugados pelas janelas para dentro do navio pela força das águas. A popa do Titanic sobe, mostrando suas imponentes hélices de bronze. Quando a inclinação chega ao 43°, maior fica a pressão exercida no centro do navio, que não suportando a pressão, sofre ruptura do casco junto à terceira chaminé, dividindo o barco em dois. A popa, pesando vinte mil toneladas, desaba por cima de dezenas de passageiros, esmagando-os. Quando a proa submerge, arrasta a popa, deixando-a na vertical; segundos depois, a proa desprende-se da popa e mergulha para as profundezas. A popa então sobe alguns metros e fica parada. Muitos passageiros se seguram como podem, enquanto alguns, não aguentando, caem violentamente entre as ferragens da popa em vertical. Depois de dois minutos emersa, a popa começa a descer, levando consigo dezenas de passageiros. Às 2h20 o navio mergulha a pique pelas profundezas do oceano.

Resgate dos sobreviventes

Categoria

Pessoas a Bordo

Número de Sobreviventes

Percentual de Sobreviventes

Número de Mortos

Percentual de Mortes

Primeira Classe

329

199

60.5 %

130

39.5 %

Segunda Classe

285

119

41.7 %

166

58.3 %

Terceira Classe

710

174

24.5 %

536

75.5 %

Tripulação

899

214

23.8 %

685

76.2 %

Total

2.223

706

31.8 %

1.517

68.2 %

Dos botes, os passageiros assistem às sombras do navio afundado para sempre no meio de milhares de gritos de pavor e pânico. Mais de 1.500 pessoas estavam agora lançadas à água congelante. Após a popa desaparecer, alguns segundos de silêncio são seguidos por uma fina névoa branca acinzentada sobre o local do naufrágio. Esta névoa foi provocada pela fuligem do carvão e pelo vapor que ainda havia no interior do navio. O silêncio que parecia imenso deu lugar a uma infinita gritaria por pedidos de socorro. Os que não morreram durante o naufrágio agora lutavam para se manter vivos nas águas, tentando agarrar qualquer coisa que boiasse. Aos passageiros dos botes não restava nada a fazer a não ser esperar passivamente por socorro. Mas um bote não se limitou esperar. O bote número 14 comandado pelo Quinto Oficial Harold Lowe aproximou-se de outro, transferiu os seus passageiros e retornou ao local do naufrágio para recolher alguns possíveis sobreviventes. Praticamente todos já haviam morrido de hipotermia. Apenas 6 pessoas foram resgatadas ainda com vida.

Um dos dois botes desmontáveis cheio de sobreviventes

Às 4h10, de 15 de Abril de 1912, o navio Carpathia resgata o primeiro bote salva-vidas. No local, apenas duas dezenas de botes flutuando dispersos entre os destroços. Assim que os primeiros raios de Sol surgiram no horizonte, outros navios começaram a chegar na área do naufrágio. Entre eles, o Californian. Mas nada mais havia a fazer a não ser resgatar os corpos que boiavam. A recolha do último salva-vidas, o desmontável B, que estava virado de cabeça para baixo, aconteceu às 8h30. O Carpathia rumo a Nova Iorque com os sobreviventes pelas 8h50. Das 2.223 pessoas a bordo, apenas 706 foram resgatadas. Mais de 1.500 morreram. Os tripulantes sobreviventes receberam cuidados no American Seamen's Friend Society Sailors' Home and Institute (Lar e Instituto da Sociedade Americana dos Amigos dos Marinheiros), sede da Sociedade Americana dos Amigos dos Marinheiros.

Depois disso, o nome Titanic, ficou como símbolo de uma das maiores tragédias marítimas da História. O Capitão Smith e o engenheiro-chefe Thomas Andrews permaneceram no navio. No entanto, Bruce Ismay, Presidente da White Star Line, embarcou num dos últimos botes que deixou o navio. A sociedade da época nunca o perdoaria por esse feito.

Conclusões dos relatórios de inquérito

Monumento às vitimas do RMS Titanic, em Washington D.C.

Para a Comissão de Inquérito dos EUA foram 1.517 vítimas, para a Câmara de Comércio Britânica foram 1.503 vítimas, enquanto que para a Comissão de Inquérito Britânica foram 1.490 vítimas. O número da Câmara de Comércio Britânica parece o mais convincente, descontado o fogueiro Joseph Coffy e o cozinheiro Will Briths Jr., que desertaram em Queenstown. Dois inquéritos posteriores viriam a julgar os culpados pela tragédia: um britânico e quatro estadunidenses. Com a perda do Titanic e das centenas de pessoas dessa tragédia, as leis que regiam a construção de transatlânticos foram alteradas. Todos os navios construídos depois do Titanic teriam que ter botes salva vidas para todos a bordo. Os telegrafistas teriam que ficar a trabalhar durante a noite. A Patrulha Internacional do Gelo foi criada para monitorar, alertar e até destruir icebergs que viessem a oferecer riscos à navegação.

A volta do Titanic

Somente nos finais de 1970 e início de 1980, um empresário norte-americano patrocinou diversas expedições para tentar localizar o navio. Nenhuma delas teve êxito. Somente em 1985, numa expedição oceanográfica franco-estadunidense, o Dr. Robert Ballard descobriu os destroços do Titanic submersos a 3.800 metros (ou 12.600 pés) de profundidade, 153 km ao sul dos Grandes Bancos de Newfoundland. (Coordenadas:41º 43'35" N, 49º 56'54" W) A notícia correu o mundo. Ele passou a ser conhecido como "O Descobridor do Titanic". Retornou ao local em 1986, com uma equipe de filmagem da "National Geographic Society" para fazer as primeiras filmagens do transatlântico após 73 anos. Desde então, a empresa "RMS Titanic, Inc" obteve os direitos de realizar operações de salvamento no local e recuperou mais de 6 mil artefatos do navio. Diversas empresas de turismo e produtoras de filmes também visitaram o local em veículos submergíveis tripulados. O estado de preservação dos destroços da proa é fantástico.Ainda no sitio, encontrou-se o telemotor, onde se encontrava aparafusado a roda do leme, as enormes âncoras, ainda suspensas pelas suas grossas correntes, as amuradas, as guardas de protecção contra queda para o exterior, as janelas do titanic, maior parte delas ainda contêm o vidro. Dentro da proa, na sala de rádio do Titanic, pode-se observar o painel eléctrico, componentes do telégrafo, onde Harold Bride e Jack Philips trabalharam agonizadamente, tentando contactar navios para irem em socorro do Titanic, as gruas de proa, os guindastes dos botes salva vidas, na parte embaixo do casco, ainda é possível ver a tinta vermelha, tudo isto em perfeito estado de preservação. Contudo, a secção de popa está completamente destruída como se no seu interior tivesse explodido uma potente bomba. Durante anos relatos dos sobreviventes afirmaram terem ouvido grandes explosões depois do Titanic desaparecer sob a superfície do oceano, informando que as mesmas provinham das caldeiras que explodiam devido ao contacto com a água gélida. Contudo essa teoria foi desacreditada, pois foram descobertas pelo menos 6 caldeiras intactas espalhadas no campo de detritos causados pelo naufrágio e 2 salas de caldeiras inteiras na secção de proa, com todas as caldeiras intactas. Além disso, tripulantes que sobreviveram afirmam que, logo a seguir à colisão, E.J. Smith ordenou a paragem dos motores, e, nas salas de caldeiras, foram abertas as válvulas de segurança, que fizeram as caldeiras libertar a enorme pressão acumulada, ou seja, quando o Titanic afundou, nenhuma das caldeiras tinha pressão de vapor acumulada. Das poucas coisas reconhecíveis na secção de popa, destaca-se o motor de estibordo, cujo topo de um dos cilindros se destaca para fora do casco destruído, o convés do tombadilho da popa, local onde centenas de pessoas se aglomeraram quando o Titanic se ergueu das águas, enquanto a secção dianteira desaparecia nas águas, o poço da escada da terceira classe, e cerca de 2 guindastes de botes salva vidas. O Dr. Ballard retornou ao Titanic em 2004, para averiguar os danos que o navio sofreu desde o seu descobrimento (1985 - 2004). Concluiu que as inúmeras expedições e visitas ao local, só serviram para danificar o sítio arqueológico do Titanic e aceleração da deterioração da estrutura do navio. Em 2010 uma equipe de investigadores descobriu a bactéria halomonas titanicae nos destroços, e suspeita que ela seja responsável pelo acelerar da deterioração da estrutura.

Curiosidades

14 anos antes da trágica viagem, um escritor de nome Morgan Robertson (n. 1861 - m. 1915) escreveu um livro dramático intitulado Futilidade (Original: Futility, or the Wreck of the Titan), que narrava a história de um navio de nome Titan, considerado indestrutível, que em uma noite fria de Abril - tal e qual como foi com Titanic - choca-se com um iceberg e afunda. O mais assombroso é que tanto o número de mortes referido na história, como a capacidade do navio fictício, e a maioria das características técnicas do Titan eram exatamente iguais às do Titanic. Para muitos, não passou de uma estranha e arrepiante coincidência e, para outros, terá sido uma premonição e, consequentemente um aviso deixado por Morgas sobre o desastre.

  • supõe-se que se a colisão do Titanic com o iceberg tivesse sido frontal, apenas um compartimento ou no máximo 2 teriam ficado destruídos, sendo que o fecho das comportas automáticas solucionaria o problema, e a viagem poderia prosseguir normalmente.
  • também se supõe que, caso o iceberg tivesse sido visto meio minuto antes, a colisão teria sido evitada.
  • Ao ter sido visto o iceberg, o 1º Oficial ordenou a inversão de marcha dos motores do navio. Porém, à velocidade a que o navio navegava, mesmo o inigualável poder de torção para as hélices de seus motores não era suficiente para parar 46.000t que seguiam a 21 nós, naquele curto espaço que distava o Titanic do iceberg. Contudo, se tivessem mantido a os motores em marcha normal a todo o vapor, e simplesmente tivessem virado o leme, à velocidade que iam o Titanic teria se desviado do iceberg, conseguindo contorná-lo e assim evitar a colisão, sendo apenas necessário corrigir depois a direção que o Titanic tomaria.
  • Os vigias noturnos deveriam ter binóculos, pois já se sabia que iriam passar numa zona de icebergs. Porém o material não foi fornecido a tempo, e os vigias tiveram de trabalhar à vista desarmada. Com os binóculos, os procedimentos de emergência poderiam ter sido efetuados muito antes, pois o iceberg teria sido visto ao longe.
  • Na altura da colisão, a tripulação do Titanic pareceu ter avistado luzes no céu e no mar que, seriam do navio SS CALIFORNIAN, menor, a cerca de 16 km (cerca de 8 milhas marítimas). O Titanic lançou fogos de artifício para pedir ajuda e, o outro navio pareceu aproximar-se. Porém, as luzes desapareceram de repente. Consta que seria o californian,que se recusou a ajudar o Titanic.

Titanic na cultura popular

Émeraude (S 604), submarino usado para achar os destroços do Titanic no fundo do mar.

O naufrágio do Titanic tem sido a base de muitos romances fictícios descrevendo acontecimentos a bordo do navio. Muitos livros sobre o desastre também foram escritos desde que o Titanic afundou, o primeiro destes, aparecendo dentro de meses após o naufrágio. Os sobreviventes Segundo Oficial Lightoller e alguns passageiros, como Jack Thayer escreveram livros descrevendo suas experiências. Alguns gostaram do popular livro A Night to Remember publicado em 1955, do historiador e escritor inglês Walter Lord, que fez uma investigação independente e entrevistas para descrever os acontecimentos que ocorreram a bordo do navio.

No livro de 1898, Futilidade, ou O Naufrágio de Titan (Futility, ou the Wreck of the Titan) de Morgan Robertson, que fora escrito 14 anos antes da viagem fatal do RMS Titanic, foi constatado que a história apresenta muitos paralelismos com a catástrofe do Titanic; No livro de Robertson, na sua viagem inaugural um transatlântico chamado Titan, choca-se com um iceberg em uma calma noite de Abril, enquanto seguia para Nova York. Milhares de pessoas morrem por não haver botes salva-vidas suficientes. Tanto a própria história do Titan e na forma de seu desaparecimento, suportaram muitas semelhanças surpreendentes com o eventual destino do Titanic. O Titanic foi tema de muitos filmes, tanto para o cinema, quanto para a televisão; Dentre os quais:

O filme mais amplamente visto é Titanic de 1997, dirigido por James Cameron e estrelando Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. Gloria Stuart, a velha Rose, tem mais de oitenta anos e voltou às telas em Titanic depois de mais de quarenta anos sem filmar. Titanic tornou-se a maior bilheteria da história do cinema americano e mundial até Avatar do mesmo diretor (segue-se o filme Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2 em 3º lugar no ranking das três maiores bilheterias). Também ganhou 11 dos 14 Oscars, empatando com Ben-Hur (1959) e, mais tarde, com O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003) como os que mais ganharam prêmios.

A história também foi reproduzida num musical na Broadway, Titanic, escrito por Peter Stone com música de Maury Yeston. Titanic foi apresentado de 1998 a 2000. O musical The Unsinkable Molly Brown da Broadway de 1960 conta a história de vida da sobrevivente Margaret Brown, que incluiu os eventos no Titanic. O musical foi escrito por Richard Morris com música de Meredith Willson. A versão cinematográfica estrelando Debbie Reynolds foi lançada em 1964.

Outros meios de comunicação incluíram Titanic: Adventure Out of Time, um jogo de computador, de 1996 que se passava a bordo do Titanic. Starship Titanic era outro jogo de computador, só que ambientado no universo do livro The Hitchhiker's Guide to the Galaxy, parodiando o desastre do Titanic. Muitos programas de televisão fazem referência ao desastre do Titanic. O programa The Time Tunnel fez uma visita ao navio em seu primeiro episódio e no desenho animado Futurama os personagens embarcavam numa nave espacial chamada Titanic. A nave fora partida ao meio por um buraco negro na sua viagem inaugural. Outras obras também tiveram poucas referências ao Titanic, por exemplo, no seriado Doctor Who, o personagem título alegou ter estado a bordo do navio quando ele afundou. Houve um episódio do programa britânico popular, Voyage do The Damned, em seu especial de Natal 2007, no qual o médico estava a bordo da Nave Espacial Titanic. Em filmes como Time Bandits, Cavalgada e Os Caça-Fantasmas II o Titanic teve breves aparições. O programa britânico Upstairs, Downstairs colocou os personagens de Lady Marjorie Bellamy e Maude Roberts como passageiros a bordo do Titanic quando afundou. Roberts foi colocado em um bote salva-vidas, enquanto Lady Marjorie afundou junto com o navio.

Em 1982, o célebre cantor italiano de música popular Francesco De Gregori lançou o álbum Titanic, com três músicas (Titanic, I muscoli del Capitano e L'abbigliamento di un fuochista) que falavam sobre o navio, bem como seus passageiros e tripulantes.