domingo, 13 de novembro de 2011

28 de Junho, DIA UNDIAL DO ORGULHO GAY

28 de Junho, DIA UNDIAL DO ORGULHO GAY

No dia 28 de junho comemora-se o DIA MUNDIAL DO ORGULHO GAY, mas o que é, como surgiu, qual o objetivo? Estas são as perguntas mais freqüentes.

O dia mundial do orgulho gay, também conhecido como Parada Gay, surgiu Em Nova York, no dia 28 de junho de 1969, em um bar com freqüência de homossexuais, o Stonewall Inn, a polícia deu uma "batida", conforme fazia de costume. Gays constantemente eram alvo de extorsão e espancamento por parte dos policiais. E não reagiam, por medo de mais violência e preconceito. Considerados doentes mentais e pecadores, eles apenas sobreviviam e se escondiam da sociedade, como insetos noturnos.
Nessa ocasião, era o fim de semana da morte da atriz Judy Garland, a eterna Dorothy do filme O Mágico de Oz, um ícone entre os homossexuais. O ambiente era de comoção e respeito à diva. Várias drag queens foram contra a atitude dos policiais que tentaram prendê-las sem motivo e foram defendidas por travestis, homossexuais e lésbicas. Um grupo reagiu com violência e se negou a sair do bar.
A reação virou batalha e durou três dias marcados pelo NÃO À INTOLERÂNCIA, a data virou símbolo de quando gays se organizaram como um movimento pela primeira vez e se recusaram a serem tratados como cidadãos inferiores. O fato ocorreu no bairro de Greenwich Village, hoje um dos destinos mais procurados para o turismo, todos os anos gays do mundo todo se reúnem no mês de junho para comemorar o mês do orgulho gay com diversos protestos apelidados de paradas. O bar continua lá e em frente ganhou uma praça onde duas estátuas de casais do mesmo sexo, indicam o marco zero do movimento gay moderno.

O QUE QUEREMOS?

Nós, homossexuais, bissexuais, transexuais, etc., queremos simplesmente ser tratados como ser humano, com os mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos. Queremos cidadania! Os gays não desejam mudar a orientação sexual de ninguém, mas também não aceitam que queiram "curá-los" ou "convertê-los" - do mesmo modo como os negros e índios lutam para que sejam respeitados na sua especificidade pluri-cultural. Neste Dia Mundial do Orgulho Gay e Consciência Homossexual, em todo o Brasil, nas Câmaras de Vereadores, Assembléias Legislativas e em Brasília, estão sendo lidos discursos como este, rompendo a conspiração do silêncio e do ostracismo que até hoje paira contra mais de 18 milhões de cidadãos e cidadãs homossexuais, cujo único "pecado" é amarem seus semelhantes. Que chegue logo o dia em que não mais seja necessário que os negros, índios, homossexuais e mulheres tenham apenas um dia especial no ano para denunciar o preconceito e discriminação de que são vítimas. Que nos unamos contra o preconceito e a homofobia para que seja logo realidade o que nossa Constituição Cidadã prognosticou em seu Artigo 3o : "Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."

POR QUE NÃO TER VERGONHA DE SER E DEFENDER O HOMOSSEXUAL?

A livre orientação sexual é um direito inalienável de todo ser humano, seja homossexual, bissexual ou heterossexual. Ser homossexual não é doença: desde l985 o Conselho Federal de Medicina, desde 1993 a Organização Mundial da Saúde e desde 1999, o Conselho Federal de Psicologia excluíram a homossexualidade da classificação de doenças. Ser homossexual não é crime e teólogos modernos defendem que o amor entre pessoas do mesmo sexo não é pecado. A discriminação sim é proibida pela Constituição. Auto-estima e afirmação identitária são fundamentais para que os gays sejam respeitados e deixem de se esconder!

A BANDEIRA DO ACO-IRIS E SEUS SIGNIFICADOS

A Bandeira arco-íris é uma bandeira composta por barras horizontais que representam as diferentes cores do arco-íris.

Existem várias versões, com pequenas variações das cores, número e disposição das barras. É impossível determinar a sua versão original, já que o seu uso acontece desde há muito e em diferentes partes do mundo.

Durante a Guerra dos Camponeses, no século XVI na Alemanha, foi usada como sinal de esperança na nova era. Thomas Muentzer, sacerdote que apelou à revolta dos camponeses, é muitas vezes retratado segurando uma bandeira arco-íris.

Atualmente a bandeira é sobretudo reconhecida como símbolo do movimento LGBT. Sendo também usada como símbolo da Paz.

Movimento LGBT

O uso generalizado da bandeira arco-íris em manifestações LGBT começa nos anos 80. Sendo hoje reconhecida mundialmente como o símbolo das minorias sexuais. A sua versão mais atual tem seis barras horizontais, cada uma com uma cor diferente, de cima para baixo, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta.

História

No início dos anos 70, nos Estados Unidos, havia várias bandeiras arco-íris usadas como símbolos do Internacionalismo e da unidade entre os povos. Mas no final da década, a sua associação ao orgulho gay estava já bastante marcada.

Foi na San Francisco Gay Freedom Day Parade que foi usada pela primeira vez com a intenção clara de simbolizar o orgulho gay, a 25 de Junho de 1978. Esta primeira versão foi criada por Gilbert Baker, e tinha mais duas barras que a versão atual, uma rosa-salmão e outra turquesa. A barra salmão acabaria por ser abandonada devido à dificuldade em encontrar tecido desta cor para produzir as bandeiras. Mais tarde era abandonada a barra turquesa, por razões estéticas.

Significado das Cores

A bandeira é formada por seis barras com cores diferentes, cada uma com seu significado. A bandeira não possui "a primeira barra", ou seja, a bandeira pode começar do vermelho assim como pode começar do lilás.

Vermelho: Luz;

Laranja: Cura;

Amarelo: Sol;

Verde: Calma;

Azul: Arte;

Roxo/Lilás: Espírito;

Outras versões

Além da versão com seis barras, ainda são vistas actualmente outras versões da bandeira arco-íris em manifestações LGBT. Desde versões com uma barra a negra, simbolizando os homossexuais mortos pela AIDS, a bandeiras que misturam as cores do arco-íris com símbolos nacionais ou regionais, pretendendo assim representar a população LGBT desse país ou região.

Existem ainda bandeiras derivadas da arco-íris, mas com outras cores, para representarem sub-culturas LGBT, como a ursina (bandeira em tons acastanhados) ou a leather (bandeira com barras azuis e negras).

Movimento pacifista

A bandeira arco-íris foi usada pela primeira vez como símbolo pacifista na Itália nos anos 60. Mas só se popularizou a nível mundial em 2002 durante os protestos contra a Ocupação do Iraque. A versão mais comum tem sete barras horizontais, sendo a ordem inversa à usada pelo movimento LGBT, e com uma barra azul, a cor nacional de Itália. Geralmente tem inscrita a palavra pace, que significa "paz" em latim, em letras maiúsculas de cor branca. Também é usual ver outras traduções da palavra.

A organização ecologista Greenpeace ("paz verde") também usa a bandeira em várias ações. Rainbow Warrior ("guerreiro arco-íris") é o nome de uma série de barcos desta organização, sendo considerada o mais importante símbolo da Greenpeace. O primeiro Rainbow Warrior foi afundado a 10 de Julho de 1985 pelos serviços secretos franceses, provocando a morte do tripulante e fotógrafo português Fernando Pereira.

Wiphala

A Whipala é uma bandeira de origem andina. A palavra Wiphala tem origem das palavras "aymaras": Wiphay que é uma expressão de alegria; e Phalax que é o sonho produzido por conduzir uma bandeira.

As cores se originam no arco-íris, tomado como referência pelos antepassados andinos, para mostrar a composição e estrutura dos emblemas e organizar a sociedade comunitária e harmónica dos Andes.

Oblast Autónomo Judaico

Outra versão da bandeira arco-íris é usada como bandeira oficial do Oblast Autónomo Judaico, uma divisão federal da Rússia, situada no Extremo Oriente junto à fronteira com a China. Esta bandeira tem fundo branco, com um arco-íris que a atravessa horizontalmente, constituído por sete barras horizontais, por sua vez separadas entre si por pequenas barras brancas. A ordem é semelhante à da bandeira usada pelo movimento LGBT, diferindo apenas na existência de uma barra azul-celeste. As sete cores representam os sete braços do Menorá, que segundo as tradições judaicas representam os sete dias usados por Deus para criar o mundo.

Tahuantinsuyu

Uma bandeira arco-íris é também usada no Peru, Bolívia e Equador como símbolo do Tahuantinsuyu, indígenas andinos. E tem sido exibida em protestos contra os governos destes países. É constituída por sete barras horizontais. Por vezes a barra azul-claro está ausente, sendo substituída por uma branca que é colocada entre a verde e a amarela.

Nosso objetivo

Todos os oprimidos têm um dia de luta: 8 de março, Dia da Mulher; 19 de abril, Dia do Índio; 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Os homossexuais também têm seu dia - 28 de Junho. Os gays, lésbicas, travestis e transexuais representam mais de 10% da população mundial. No Brasil são mais de 18 milhões de seres humanos discriminados, violentados, assassinados. Só nos últimos 20 anos mais de 2500 homossexuais brasileiros foram barbaramente executados, vítimas da homofobia - a intolerância à homossexualidade. A cada 2 dias um homossexual é assassinado no Brasil! Porque tanto desprezo e violência? Simplesmente porque os homossexuais são considerados marginais, doentes, pecadores, e nossa sociedade cristã legitima o terror contra os gays, lésbicas e transgêneros.

Em Castro o movimento de conscientização e combate ao preconceito teve inicio em 2001 com a criação de um grupo de prevenção e apoio a portadores de hiv e Aids, foi u trabalho árduo, na época os homossexuais de nossa cidade viviam à margem da sociedade, escondendo-se em pequenos guetos, hoje depois de uma década de trabalhos nossos homossexuais não têm tanto medo de enfrentar os preconceitos e podemos encontra-los vivendo sem medo de represálias da sociedade lutando por seus direitos, que também são os meus.

Não lutamos por privilégios, lutamos por igualdade, dignidade, cidadania, lutamos para que nossos direitos constitucionais sejam respeitados, quero sair namorar, fazer compras, trabalhar como qualquer heterossexual e isso só deixará de ser utopia quando nós, homossexuais ou não, lutarmos contra a ignorância dos preconceituosos, quando nos vermos como iguais, sem distinção de raça, cor, credo ou orientação sexual.

A Constituição é clara “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”, então vamos a luta, e acabemos com o preconceito.

Ariano Elon

Acadêmico de Serviço Social

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