domingo, 13 de novembro de 2011

UMA JUSTA HOMENAGEM

UMA JUSTA HOMENAGEM

Cada vez mais fico indignado com nossas autoridades e a população em geral, o motivo é simples, o esquecimento de nossos cidadãos ilustres, nossos benfeitores, nossos artistas. Estão esquecidos como meros desconhecidos enquanto nossa cidade serve de apoteose para finados amigos e parentes de poderosos empresários e políticos.

Onde está a homenagem à nossa ilustre e querida JUDITH CARNEIRO DE MELLO? Dizem as “boas” línguas que o território que compreende o Museu do tropeiro até a Casa De Sinhara, denomina-se Centro Histórico JUDITH CARNEIRO DE MELLO, mas há uma placa, uma mísera indicação dessa denominação? NÃO, não há e o que é pior, as casas que compõem o “centro histórico”, estão abandonadas, a Casa de Sinhara continua sem segurança e nem sequer a porta danificada após o recente assalto foi trocada, a Casa da Praça tem cupins, goteiras, infiltrações e quase sempre funciona na penumbra por falta de lâmpadas, o Museu do Tropeiro é um desastre, mais de um ano após o anuncio da reforma e de se ter alardeado na imprensa que a verba para a reforma havia saído nada foi feito e dizem que na verdade não há verba e que isso pode levar muito tempo, enquanto isso o Museu do Tropeiro continua sofrendo com as constantes goteiras, cupins, e outros danos até mesmo estruturais. Para se ter uma idéia, a Associação dos Amigos de Museu paga o salário de alguns funcionários para que o Museu e a Casa da Sinhara possam continuar funcionando normalmente, é um absurdo, a responsabilidade de manter estes espaços e seus funcionários é do município e não da generosidade de terceiros.

O Teatro Bento Mossurunga, tem problemas de infiltração, para se ter uma idéia devido às goteiras, há mais de um ano um pedaço do teto cedeu e até agora não foi reparado, a grande cortina vermelha do palco esta completamente manchada devido às chuvas, o palco se alaga a cada chuva, o elevador está quebrado a mais de um ano, a mesa de som é ultrapassada, etc.. Já a Casa da Cultura, que deveria abrigar o arquivo público, tem sérios problemas além da falta de equipamentos, para se ter uma idéia, o único computador da casa foi graças à doação. O rico acervo de livros e documentos históricos corre sérios riscos, em nada se parece com um arquivo público, mas sim um escuro depósito de ácaros e fedorento arquivo morto.

Voltando aos nossos ilustres, onde está a homenagem ao nosso querido escritor e historiador Drº Oney Barbosa Borba? Drº Domingos? Dorotheia Wiedman? José Baili? Drº Sidnei? Rivadavia Menarim? Estes são só alguns de nossos ilustres benfeitores esquecidos por nossos governantes e quando lembrados dão nomes a vielas que ligam o nada ao lugar nenhum, nosso querido Major Neudo foi homenageado nomeando o “aeroporto”, claro, num “pólo turístico” como Castro, com milhares de turistas que chegam e partem diariamente através de nosso aeroporto, opa, é um aeroporto de carga e descarga, não faz mal, é um investimento de primeira necessidade, afinal os produtos de importação e exportação das dezenas de multinacionais e complexos industriais de nossa cidade merecem um “grande” aeroporto, devíamos inclusive construir um aeroporto de discos voadores, assim nossos governantes poderiam voltar do mundo da lua e por os pés no chão, e investir no que realmente é necessário e ao menos manter viva a lembrança daqueles que realmente trabalharam e fizeram algo por Castro.

Ariano Elon

Acadêmico de Serviço Social

arianoelon@gmail.com

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