domingo, 13 de novembro de 2011

ADOÇÃO

ADOÇÃO

Constantemente vemos nos noticiários matérias sobre crianças abandonadas, orfanatos e abrigos superlotados, além de tristes historias de jovens que passaram a vida toda nesses locais sem ter uma família, um lar de verdade, mas quais as causas disso? Porque não são adotados?

Uma fila enorme de casais aguarda ansiosamente por um filho adotivo em todo o país e no mundo, mas a grande maioria dos casais só se interessa por crianças brancas, saudáveis e com até 2 anos, poucas famílias querem adotar crianças maiores, negras e ou com alguma deficiência.

Outra questão que só faz aumentar a fila para a adoção é a grande burocracia que as famílias interessadas enfrentam, quando é um casal gay a dificuldade é ainda maior, o preconceito, que não deveria existir, impera criando barreiras quase que intransponíveis.

Muitos casais gays aptos à adoção amargam na fila, apesar de estarem aptos, situação financeira compatível à adoção e união homoafetiva estável, o preconceito de alguns juizes da vara da infância e adolescência, indefere seus pedidos de adoção, julgando-os inaptos devido a sua orientação sexual, ou seja, o preconceito fala mais alto aumentando assim a superlotação nos orfanatos e abrigos, tolhendo os casais gays de constituírem uma família e pior ainda negando a estas crianças e adolescentes o direito a um lar e uma família, transformando os abrigos e demais instituições em verdadeiros depósitos de pessoas.

Essa realidade esta mudando, mas isso acontece a passos lentos, isso porque nós deixamos de nos movimentar, nos calamos diante das injustiças, baixamos a cabeça para nossos opressores, a partir do momento em que sairmos de nossas supostas fortalezas, não calarmos nossa voz sairmos às ruas e lutarmos por nossos direitos, passaremos a ser respeitados tanto como seres humanos como cidadãos.

Ariano Elon

Acadêmico de Serviço Social

arianoelon@gail.com

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